O agente da Polícia Civil, Matias Fernandes de Souza, 52 anos, foi preso às 16h30 desta quarta-feira, dia 7, no gabinete do Secretário da Segurança Pública e da Defesa Social, Agripino Oliveira Neto, por ter contra si um mandado de prisão preventiva expedido pela 4ª Vara Criminal de Natal. Segundo investigações da Polícia Civil, ele estava de posse de um carro roubado em Recife. O policial foi expulso da instituição em 1999, mas retornou por via judicial. Em 2004, ele foi preso novamente, em situação de flagrante delito, pelo crime de extorsão.
.
Segundo o delegado Geral da Polícia Civil, Elias Nobre, no dia 18 de setembro deste ano equipes da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deicor) e da Delegacia Especializada na Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) identificaram que o agente Matias Fernandes estava com um carro com queixa de roubo em 7 de junho de 2008, na cidade de Recife.
.
O veículo foi localizado estacionado na frente da 8ª DP, em Cidade da Esperança, mas o policial não se encontrava na delegacia. O veículo, um GM Prima, ano 2007, foi apreendido e um inquérito foi instaurado. Matias Fernandes disse que comprou o carro por R$ 5 mil sabendo que ele tinha um débito junto a uma financeira. Foi alegado ainda que ele pretendia regularizar o débito. Mas em depoimento, ele sequer apresentou o recibo de compra. Além disso, ele não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
.
Diante dos fatos apurados no inquérito, o delegado da Deprov solicitou a prisão. O juiz Raimundo Carlyle de Oliveira Costa, da 4ª Vara, acatou o pedido. O agente recebeu voz de prisão ao se dirigir a uma audiência na Sesed, no Centro Administrativo. O policial foi preso no gabinete do secretário Agripino Neto.
.
Matias Fernandes foi conduzido por policiais da Deicor para uma cela na 1ª DP, em Cidade Alta, onde permanecerá à disposição da Justiça. A DP não abriga presos comuns, portanto a integridade dele está assegurada, informou o delegado Elias Nobre. Para o secretário Agripino Neto, a investigação da Polícia Civil nesse caso demonstra que instituição “corta a própria carne”.
Além do processo criminal, o agente preso responderá a um procedimento administrativo em que pode ser excluído da instituição. Na ficha funcional dele constam dois registros extremamente graves, ambos por extorsão, sendo um no ano de 1999 e outro no dia 14 de dezembro de 2004. Ele responde atualmente a um processo administrativo disciplinar na Corregedoria Geral da Sesed por extorsão.
.
0 comentários :
Postar um comentário