sábado, 12 de novembro de 2011

Polícia Civil de Santa Catarina entrará em greve

Foto: Marcele Gouche
Policiais civis protestaram com cartazes durante a visita do governador Raimundo Colombo a Jaraguá do Sul no último dia 4 de novembro. (Foto: Marcele Gouche)

A Polícia Civil de Santa Catarina entra em greve nos próximos dias 16, 17 e 18 de novembro. A decisão foi tomada em assembleia, após o governador Raimundo Colombo não dar retorno quanto às reivindicações da categoria no prazo definido: a última quarta-feira, dia 9.


Uma reunião em Florianópolis, às 11h de hoje, entre representantes do Sinpol (Sindicato de Polícia de Santa Catarina), Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina) e Sintrasp (Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública de Santa Catarina) definirá como será organizada a paralisação. “Nós ainda aguardamos a resposta do governador”, afirma o presidente da Adepol, Renato Hendges. Segundo ele, “a paralisação será organizada de forma que a sociedade não seja prejudicada”.

Os profissionais da região Norte se reuniram na manhã de ontem em Joinville para um manifesto. Eles fizeram um sepultamento simbólico representando as condições salariais e trabalhistas da categoria. A cerimônia reuniu mais de cem policiais.

Dados incompatíveis com a realidade

Entre as reivindicações da Polícia Civil do Estado, a principal é que os trabalhadores tenham melhores condições de salário, que não é reajustado há 13 anos. O atual salário base da polícia é de R$ 781,82.

Além disso, pede-se aumento de efetivos. De acordo com o Sinpol, em 1986 o Estado reunia 3.300 policiais para uma população de dois milhões de habitantes. Hoje, o número diminuiu para 3.198 e os catarinenses somam seis milhões. A criminalidade no Estado aumentou 300% nesse período.

A cada mês, cinco policiais pedem exoneração da Polícia para ingressarem em outros concursos - uma média de 60 por ano. O Estado perde 240 profissionais a cada quatro anos e soma um prejuízo de R$ 2,4 milhões, valor gasto com os cursos de formação.

Policia Civil de Jaraguá integra o movimento

Os agentes de polícia, escrivães e psicólogos de Jaraguá do Sul também participaram do protesto em Joinville. Os delegados Adriano Spolaor, Weydson da Silva e Leandro Mioto estiveram na mobilização. Segundo Spolaor, eles irão acatar o que for decidido na reunião de hoje entre as entidades.

Os jaraguaenses também apontam a necessidade de uma CCP (Central de Plantão Policial) e recrutamento de mais efetivo. Atualmente são 31 policiais civis na cidade, sendo seis delegados, cinco escrivães e 20 agentes. A média é de um policial para cada 4.587 habitantes, o pior índice de Santa Catarina. A média estadual é de um profissional para cada dois mil habitantes.

Os delegados realizam de sete a nove plantões por mês e chegam a acumular cerca de 100 horas-extras por mês. Porém o Estado só paga por 40 horas.

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