quarta-feira, 2 de março de 2011

Quadrilha especializada em arrombar caixas eletrônicos chega a Natal

O secretário de segurança pública do Estado, Aldair Rocha, classificou como ousada a ação de um bando que explodiu um terminal eletrônico na zona Sul de Natal. A quadrilha agiu na madrugada de ontem no posto de combustíveis de bandeira Ale na avenida Ruy Barbosa, no bairro de Morro Branco. A investigação da polícia contará com o suporte da filmagem realizada pelo circuito do estabelecimento para chegar aos criminosos.

As novidades da ação da quadrilha se resumem a localidade escolhida: a capital. “Seis homens fortemente armados, com pistolas e espingardas calibre 12, chegaram a conveniência (onde estava o caixa eletrônico) e explodiram o terminal. Tudo isso não durou mais de dois minutos”, informou o tenente Firmino, do 5º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento da área.

A quadrilha estava dividida em dois carros, um tipo picape e outro modelo Siena de cor preta, e mais duas motocicletas. O Siena, que havia sido roubado no último domingo em Lagoa Nova, foi abandonado pouco depois da ação e passará por perícia na busca de vestígios dos criminosos. O que também passará por perícia é a filmagem da câmeras do circuito de segurança do posto.

O secretário Aldair afirmou que as equipes de investigação já estavam em campo. “Ronaldo já está coordenando esse trabalho. Acredito que o bando não seja desse estado, sendo provavelmente da Paraíba”, disse.

Aldair não acredita que a quadrilha dessa ocorrência tenha ligações com os homens que foram presos recentemente suspeitos de participarem de explosões a bancos. “É muito cedo para falar disso, precisamos checar informações. Mas acredito que não exista essa ligação entre os grupos”, esclareceu.

Para ele, há diversos grupos que agem da mesma maneira para conseguir dinheiro. “Sem dúvidas existe mais de uma quadrilha envolvida. Essa ação chamou atenção pela ousadia, pois eles nunca haviam assaltado na capital, onde o efetivo é maior”, contou Aldair.

A conveniência do posto, onde estava o caixa de auto-atendimento, foi coberta por uma grande lona preta pouco tempo depois da explosão. O aviso colado pela gerência no tecido informava que o local passava por uma “reforma” e pedia desculpas pelo transtorno.

Polícia ainda não sabe origem da dinamite apreendida

No dia 11 de fevereiro, a Secretaria de Segurança Pública do RN divulgou uma grande apreensão de explosivos que poderia ter ligação com os casos de assalto a banco tanto no RN, quanto na Paraíba e Pernambuco. No total, mais de quatro toneladas de um explosivo em pó e mais 500 quilos em banana de dinamite foram encontrados em Carnaúbas dos Dantas. O vendedor e o proprietário do estabelecimento foram detidos, pois, além de não possuir nota fiscal, vendiam tais produtos ignorando a legislação de segurança exigida.

Três semanas depois, a polícia ainda não possui informações sobre a origem dos explosivos e a ligação com as ocorrências em seis cidades do interior do Rio Grande do Norte. “Não recebemos do Exército as informações sobre a perícia realizada nos explosivos. Também não há previsão para isso”, informou ontem o delegado geral da Polícia Civil, Ronaldo Gomes.

As cidades que “sediaram” os casos de explosões são Lagoa Salgada, Extremoz, Bom Jesus, Vera Cruz, Brejinho e Monte das Gameleiras. Tudo em um intervalo de três meses. A mais recente havia acontecido em Monte das Gameleiras, a 130 quilômetros de Natal, no dia 28 de janeiro.

Seis suspeitos continuam presos em Parnamirim

No dia 7 de fevereiro, a cúpula da segurança noticiava a prisão de uma quadrilha. O bando composto por oito homens, dois dos quais terminaram mortos na operação, era suspeito de ter realizado alguma das explosões a caixa eletrônicos no interior do RN. A polícia, no entanto, não pôde dizer o que comprovaria a participação deles nas ocorrências – apontando somente provas de participações em outros assaltos.

À TRIBUNA, três dos seis presos negaram participação nos casos dos terminais eletrônicos e um deles chegou a afirmar que havia sido detido “pois a delegada estava pressionada para apresentar resultados”. André Luís Nobre de Sena, 26 anos, Genilson Nobre de Sena, 34, (irmãos) e Francisco de Assis Ananias dos Santos, 30, dizem que não tem nada a ver com as explosões, apesar dos antecedentes criminais confirmados. Eles foram detidos em Goianinha e permanecem atrás das grades do Presídio Provisório Raimundo Nonato aguardando decisões judiciais. A delegada citada por um dos presos é Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor). Ela contou  que a polícia não tem dúvidas de que todos os presos estão envolvidos com as explosões aos caixas eletrônicos. 

Fonte: Tribuna do Norte
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