sábado, 8 de janeiro de 2011

CRIMINOSAMENTE MEDÍOCRE

Vendo um dos blogs que mais gosto, sempre acompanho e que postado sempre por um irmão de farda e de postagens de noticias policiais, o Flávio Henrique, encontrei uma matéria muito interessante qu queria aqui compartilhar com nossos leitores, principalmentes para aquelas pessoas que pensam em ser reporter um dia. Vejam que o crime não compensa mesmo.

Postagem do DPM do dia 07 de janeiro de 2011.

Certo dia, na época em que cursava Jornalismo, conheci a redação de um dos principais jornais do meu Estado (RN). Durante a visita, lembro que o editor do caderno de Cidades/Polícia/Cotidiano explicou que as notícias que mais chamam a atenção são as que falam de violência. Quando se envolve morte então… Ele até fez graça dizendo que quando o dia é tranquilo e nada grave acontece (leia-se mortes não naturais), os jornalistas classificam como “um dia improdutivo”. Para melhor ilustrar a frustração de não se ter notícia chocante, o editor brincou que chega a se lamentar quando isso acontece. “Que droga! Hoje não morreu ninguém!” Sarcasmo de alguém já calejado e indiferente com o cotidiano mórbido que se vive. 

reporter repassava informações a bandidos
Essa brincadeira já é o suficiente para chocar os mais sensíveis. Podem achar absurdo uma pessoa torcer para que coisas ruins aconteçam só para ter o que publicar em um jornal. Jornalistas não são chamados de abutres ou urubus à toa. Até aí tudo bem. Imagine então a minha surpresa ao ver a reportagem do Jornal da Globo  de ontem, em que uma jornalista aparentemente tem ligações com criminosos, ao ponto de repassar informações sobre operações policiais em troca de notícias em primeira mão. Pior, reclamar dos meliantes a falta de assassinatos. Abaixo, uma frase da repórter extraída de uma gravação telefônica com um traficante, reclamando da “ineficiência” do bandido.

- Faz dias que não dá homicídio, a cidade tá muito parada!

Não acredita?

Hoje não exerço essa profissão porque me sinto muito mais vocacionado para o serviço policial. Contudo, ainda me interesso bastante pelo trabalho jornalístico. Admiro e reconheço as boas reportagens, especialmente as que são sobre polícia, como também sinto desprezo pelo sensacionalismo barato ou o jornalismo preguiçoso. Falar mal só porque vende é rasteiro, divulgar fatos sem confirmar a veracidade é irresponsável. Infelizmente isso é comum na imprensa. Mas o caso acima para mim é novidade. Ela foi além da criação de uma notícia e  - dada à sua mediocridade – provavelmente esses serão os maiores momentos de sua carreira. Assim espero!

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