sábado, 23 de janeiro de 2010

General denuncia que agentes da Blackwater atuam em reservas indígenas e plataformas de petróleo brasileiras

Enquanto as atenções dos militares brasileiros estão voltadas para o atendimento às vítimas do terremoto no Haiti e das armadilhas criadas pelo AI-51 do chefão-em-comando $talinácio, denuncia-se uma ameaça objetiva à soberania nacional na Amazônia. O General-de-Brigada da Reserva Durval Antunes de Andrade Nery adverte que membros fortemente armados da Blackwater (o maior exército privado do mundo) já atuam em reservas indígenas brasileiras contando com bases fluviais bem equipadas.

A denúncia de Andrade Nery foi publicada pelo jornal O Dia, no Rio de Janeiro. Como coordenador de Estudos e Pesquisas do Cebres (Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos) – onde atuam diplomados da Escola Superior de Guerra -, o General Nery também revela a existência de agentes da Blackwater em 15 plataformas de petróleo administradas pela Halliburton na costa brasileira. Devidamente licitadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), as plataformas pertenceriam à família Bush (dos ex-presidentes dos EUA).


O General Nery reproduziu a O Dia o relato feito por um militar da ativa na Amazônia: “Um coronel que até o ano passado comandava batalhão na região da (reserva indígena) Yanomami contou que estava fazendo patrulha, em um barco inflável com quatro homens, em um igarapé, quando avistou um sujeito armado com fuzil. Um tenente disse: ‘Tem mais um cara ali’. Eram cinco homens armados. O tenente advertiu: ‘Coronel, é uma emboscada. Vamos retrair.’ Retraíram.


Espantado e revoltado, Nery perguntou ao Coronel o que ele tinha feito: “Ele disse: ‘General, tive que ir ao distrito, pedir à juíza autorização para ir lá.’ Falei: ‘Meu caro, você, comandante de um batalhão no meio da Amazônia, perto da fronteira, responsável por nossa segurança, só pode entrar na área se a juíza autorizar? Ele respondeu: ‘É. Foi isso que o governo passado (Fernando Henrique) deixou para nós. Não podemos fazer nada em área indígena sem autorização da Justiça”.


Nery prossegue com a estória: “O coronel contou que pegou a autorização e voltou. Levou três horas para chegar ao igarapé, onde não tinha mais ninguém. Continuou em direção à fronteira. De repente, encontrou ancoradouro, com um cara loiro, de olhos azuis, fuzil nas costas, o esperando. Olhou para o lado: 10 lanchas e quatro aviões-anfíbio, no meio na selva. ‘Na sua área?’, perguntei. ‘É’, respondeu. Ele contou que abordou o homem: ‘Quem é você?”. Como resposta ouviu: ‘Sou oficial forças especiais dos Estados Unidos da América do Norte’. O coronel insistiu: ‘Que faz aqui’. E o cara disse que fazia segurança para uma pousada. Ele perguntou qual pousada? Ouviu: ‘Pertencente a um cidadão americano’. Quinze homens estavam lá, armados. Hallibourton? Blackwater?”



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