sexta-feira, 3 de abril de 2009

Bolsa Lavação. Rsrsrs...

Para mostrar um pouco da realidade das polícias, apelo à Folha de São Paulo. Entretanto, dessa vez a crítica não é direcionada à instituição policial e sim aos maus agentes, que possuem o “dom” de levar vantagem em tudo, inclusive conseguem tirar proveito negativo até mesmo de ações que buscam a melhoria da categoria com qualificação e reforço financeiro na baixa renda dos profissionais de segurança pública.

Estou falando do Bolsa Formação, um programa criado pelo Ministério da Justiça para capacitar justamente esses funcionários. Como sabem, os cursos oferecidos (assim como suas avaliações) são “virtuais” e apesar do grande aprendizado teórico que eles proporcionam, muitos não almejam - ou lhes falta disposição para o estudo - esses conhecimentos que podem ajudar no dia-a-dia profissional. No entanto, desejam cegamente os R$ 400,00 mensais oferecidos aos participantes do projeto. E qual a consequência disso?

Policiais pagando para que outras pessoas realizem cursos em seus nomes, já que a avaliação também é virtual. As negociações variam. É certo que o agraciado receberá a bolsa por no mínimo um ano, logo a “taxa” pode ser a primeira parcela ou uma quantia mensal, uma espécie de imposto descontado a cada saque. E qual a consequência disso?

Uma repercussão em um dos maiores jornais do país, contribuindo mais uma vez para que a sociedade avalie negativamente todos os policiais - o problema da generalização.

PMs do Rio fraudam curso para ganhar R$ 400 de bolsa

E qual a consequência disso?

Ao menos um efeito positivo: mudanças anunciadas no método de avaliação, que passará a ser PRESENCIAL. O que de fato exigirá do beneficiado um real compromisso em assimilar o conteúdo, garantindo assim a eficácia do programa. Conforme consta na própria reportagem.

…A Senasp vai estabelecer que a partir de 24 de abril, início do próximo ciclo, os inscritos sejam obrigados a fazer uma avaliação presencial acompanhados de seus superiores. Quem não fizer terá a bolsa cancelada.

Portanto, quem não aproveitou essa chance de aprendizado pode ficar tranquilo! Quem está participando desse último ciclo ainda fará a avaliação pela internet. A regra só vale para os próximos cursos.

Apesar dessa mudança ser bem vinda, é necessário buscar condições para viabilizar não apenas as avaliações, mas sim todo o curso de maneira presencial, pois é sabido que somente os esforços teórico e prático garantem a qualificação necessária para minimizar erros e atender a população como ela exige e inegavelmente merece.

* Gíria utilizada pelos policiais militares do RN quando se referem a algo errado, sua variação também pode ser aplicada aos que cometem “deslizes funcionais”. Por exemplo: Fulano é um lavado!
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