quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Suposto grupo de extermínio é desbaratado pela PF no RN

Representantes da Secretaria de Segurança, Ministério Público e Polícia Federal apresentaram resultado da operação, na manhã desta terça-feira
A Polícia Federal deflagrou, na madrugada desta terça-feira (6), a Operação Hecatombe com o objetivo de desarticular grupo de extermínio composto por integrantes de forças policiais, que agia, principalmente, na zona Norte do município de Natal. Pelo menos 22 crimes são atribuídos a esse bando.

Cerca de 215 policiais federais estão dando cumprimento a 21 mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal/RN, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro-Corá. Também participam da operação trinta policiais do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, o COT, especializado em operações de alto risco.


Durante a investigação, foram encontradas provas do envolvimento do grupo de extermínio em vinte e dois homicídios consumados e em outras cinco tentativas de assassinato.

Os motivos das execuções eram os mais variados e iam desde crimes encomendados por terceiros, mediante pagamento de quantias em dinheiro, disputas pelo controle de pontos de venda de drogas, meras brigas e discussões até a queima de arquivo com a eliminação das testemunhas dos crimes perpetrados pela quadrilha.

Alguns dos investigados possuem antecedentes por homicídio, sendo que um dos integrantes do grupo já foi preso em posse de diversas armas de fogo, supostamente utilizadas nos assassinatos.

Todos responderão por crimes de homicídio qualificado praticado por grupos de extermínio e constituição de grupo de extermínio. As penas máximas dos crimes cometidos pelos principais integrantes do grupo podem chegar a 395 anos de prisão. A Operação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social do RN.

Grupos de extermínio formados por policiais Nos últimos dois anos, essa é a terceira operação desencadeada pela Polícia Federal para desarticular grupos de extermínio. Em fevereiro de 2011, a Operação Sexto Mandamento deu cumprimento a 19 mandados de prisão de policiais envolvidos em grupos de extermínio no estado de Goiás e, em setembro de 2012, a Operação Squadre fez cessar a atuação de uma quadrilha de milicianos composta por policiais que agia na região metropolitana de João Pessoa/PB.

Devido à matança indiscriminada de pessoas, o presente trabalho policial foi denominado Operação Hecatombe e teve tramitação perante o juízo de direito da Vara Criminal de São Gonçalo do Amarante/RN.

GRUPO PLANEJAVA MATAR PROMOTOR, DELEGADA E AGENTE DA PF

A Polícia Federal divulgou, na manhã desta terça-feira (6), que o grupo de extermínio preso durante a operação Hecatombe planejava matar uma delegada da Polícia Civil, um promotor de justiça e um agente da Polícia Federal que trabalha na Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Ainda segundo a PF, 17 pessoas foram presas até o momento, sendo sete delas policiais militares do Rio Grande do Norte. O bando agia principalmente na zona Norte de Natal, mas também nas cidades de São Gonçalo do Amarante, Extremoz e Ceará-Mirim. A Operação Hecatombe foi deflagrada ainda durante a madrugada, com o objetivo de desarticular grupo de extermínio composto por integrantes de forças policiais, que agia, principalmente, na zona Norte do município de Natal. Pelo menos 22 crimes são atribuídos a esse bando.

Cerca de 215 policiais federais estão dando cumprimento a 21 mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal/RN, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro-Corá. Também participam da operação trinta policiais do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, o COT, especializado em operações de alto risco.

Durante entrevista coletiva, realizada na sede da Polícia Federal, a imprensa foi informada que o suposto grupo de extermínio vinha sendo investigado há um ano, através de um trabalho coordenado pela Divisão de Direitos Humanos da PF, com policiais de Brasília que estavam no Rio Grande do Norte realizando as investigações.

Alexandre Honagen, diretor da Divisão, explicou que o bando desarticulado nesta terça-feira é considerado de alta periculosidade e tem, principalmente, a atuação de policiais. Inclusive, ele afirma que relatos ouvidos pela Polícia Federal ao longo das investigações indicam que o grupo agia há vários anos, sempre mudando seus líderes.

GRUPO MATAVA DE GRAÇA E ATÉ POR R$50 MIL, SEGUNDO A PF

O suposto grupo de extermínio desarticulado pela Polícia Federal, nesta terça-feira (6), era, de acordo com a própria PF, bastante organizado e já tinha praticado pelo menos 22 homicídios. A maioria das mortes era praticada por encomenda, cujo valor poderia chegar até R$ 50 mil. No entanto, o bando também matava de graça, por amizade, ou por interesses próprios.

Alexandre Honagen, diretor da Divisão de Direitos Humanos, que comandou as investigações, o grupo mostrou desapego à vida. “Eles matavam até mesmo para estrear uma pistola nova ou porque alguém tinha brigado com algum amigo. Por isso, consideramos que essas pessoas são de alta periculosidade, pois também descobrimos que planejavam matar uma delegada, um promotor e um agente da Polícia Federal”, revela.

Ainda de acordo com Alexandre, o grupo tinha pessoas especializadas em levantar informações sobre a rotina das vítimas e também tinha pessoas que praticavam as execuções. “Geralmente saiam em três para matar, sendo que um executava a vítima e os outros dois auxiliavam na fuga e na escolta”, comentou.

O grupo de extermínio foi desarticulado durante a Operação Hecatombe, deflagrada nesta terça. Até o momento, 17 pessoas foram presas, sendo sete delas policiais militares. A Polícia Federal, no entanto, não divulgou os nomes dos suspeitos.

Cerca de 215 policiais federais estão dando cumprimento a 21 mandados de prisão, nove mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal/RN, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro-Corá.

PF DIZ TER DESCOBERTO PLANO PARA RESGATAR POLICIAL WENDEL DE ALCAÇUZ

Durante as investigações que resultaram na Operação Hecatombe, que desarticulou um possível grupo de extermínio, a Polícia Federal descobriu um plano de resgate do policial militar Wendel Fagner Cortez de Almeida, quando ele estava preso no presídio Rogério Coutinho Madruga, anexo da penitenciária estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta. 

O policial Wendel, de acordo com as investigações da Operação Hecatombe, seria um dos integrantes do grupo de extermínio e, inclusive, exercia poder de liderança, segundo a PF. Ele já estava preso desde abril, em virtude de um processo que responde por um homicídio na cidade de Afonso Bezerra. No entanto, ele mais uma vez foi alvo de investigação policial e teve um novo mandado expedido, mesmo já estando detido.

Atualmente, Wendel está no presídio militar, no Batalhão de Operações Policiais Especiais, na zona Norte de Natal. Além de Wendel, o também policial militar Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes foi preso nesse caso de Afonso Bezerra e é um dos alvos investigados pela Polícia Federal.

O trabalho de investigação feito ao longo do último ano atribui ao grupo pelo menos 22 homicídios, principalmente na zona Norte de Natal, mas também nas cidades de São Gonçalo do Amarante, Extremoz e Ceará-Mirim. No total, 17 pessoas foram presas até o momento, mas a Polícia Federal não divulgou os nomes dos suspeitos.

Sete deles, inclusive, seriam policiais militares do Rio Grande do Norte, incluindo Wendel e Rosivaldo. Os mandados de prisão temporária foram expedidos pela comarca de São Gonçalo do Amarante, onde transcorre o processo. De acordo com a Polícia Federal, provas como interceptações telefônicas constam nos autos e deram embasamento para os mandados.

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