sexta-feira, 12 de julho de 2013

Acusado de esfaquear e matar mulher após briga de trânsito na Bernardo Vieria alega legítima defesa

A Justiça realizou, na manhã de hoje (12), a primeira audiência para a análise do caso do homem que esfaqueou e matou uma mulher após briga de trânsito na avenida Bernardo Vieira, no dia 7 de janeiro deste ano. A defesa de Wagner Gomes de Lima, acusado de matar Lúcia Maria Vanderlei Montenegro, alegou legítima defesa no caso. O juiz Ricardo Procópio, que ainda vai escutar Jenifer Ívina, ex-mulher do acusado Wagner Gomes de Lima, marcou nova audiência para o dia 26 de julho.

De acordo com a defensora pública Odile Serejo, o réu agiu em legítima defesa porque o acusado vinha recebendo ligações do atual marido de sua ex-mulher. No dia do crime, Wagner vinha perseguindo o atual marido de sua ex-mulher, que coincidentemente, segundo ela, estava em um Pálio branco. Este tipo de veículo foi o atingido pelo Chevette de Wagner, que perdeu de vista o veículo do qual estava perseguindo.

"Ele perdeu de vista o Pálio Branco na Bernardo Vieira e outro de mesmo modelo estava em sua frente. Como a pessoa que estava no veículo fez um movimento brusco ele já desceu com a faca pensando que ia ser atacado", disse a defensora.

A testemunha Marcelo Morais, que estava presente à a audiência na 3ª Vara Criminal do Fórum Miguel Seabra Fabundes e dirigia o Pálio branco, disse que, ao ter a traseira de seu carro atingido, não conseguiu evitar de bater no Fiesta da frente que estava Lúcia Maria Vanderlei e seu filho, Rutênio Vanderlei Montenegro. "Fui atingido e não tive como deixar de pegar o carro da frente. Mesmo assim, consegui sair do local e vi quando Wagner saiu do carro e agrediu Rutênio a facadas. Não teve discussão, muito menos briga", disse a testemunha.

O filho da vítima relatou que, quando Wagner saiu do Chevette, já portava a faca, quando o atingiu antes de matar Lúcia Maria. "Fui conversar a respeito da batida e ele me deferiu três facadas, quando ele estava em cima de mim minha mãe o empurrou. Foi quando num movimento de cima para baixo ele a esfaqueou", relatou. 


Após a ação, Anderson de Lima foi o primeiro a socorrer as vítimas. Segundo a testemunha, Rutênio estava bastante ensanguentado deitado na rua com barriga para cima. Sua mãe se encontrava na calçada ainda sentada e com a bolsa no ombro. "Rutênio sangrava muito e eu achei que ele não ia resistir. A mãe dele tava menos machucada, mas como foi num ponto vital ela não resistiu com a demora do Samu", disse.

Roberdan Montenegro, viúvo de Lúcia Maria Montenegro, estava bastante emocionado e foi diversas vezes atendido na sala médica do fórum. Ele foi liberado pelo juiz.

Após a segunda audiência, marcada para o dia 26, a Justiça vai decidir se o caso deverá ir a júri popular. Até o julgamento, Wagner Gomes de Lima permanece preso.

Tribuna do Norte
Local: Natal - RN, República Federativa do Brasil
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