quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sinal de alerta para possível greve de PMs em Alagoas

Polícia Militar decide nesta quinta-feira se entra em greve em Alagoas

A tarde desta quinta-feira será decisiva para a Polícia Militar de Alagoas. A tropa participa de uma assembleia-geral às 15 horas no Clube dos Oficiais, no Trapiche, para discutir o que de fato avançou do ano passado para cá em relação a pauta de reivindicação da categoria. Antes, pela manhã, o grupo deve ter mais uma conversa com integrantes do Governo do Estado.

Essa reunião com o Governo será decisiva para o que vai acontecer mais tarde. Há tempo - as associações militares confirmam isso - os PMs querem realizar assembleia-geral para decidir os passos da mobilização que pode culminar com paralisação.


Os militares reivindicam o pagamento do resíduo de 7% e quinquênio. Com a promessa do Governo de que eles seriam contemplados, acabou esfriando o movimento do ano passado. De lá para cá os militares reclamam que nada mudou. Pior, a tropa está cada dia mais descontente.

“A tropa está ansiosa. Isso não é de agora não, já faz tempo. Não houve avanço, estávamos segurando, mas agora a situação está insustentável”, disse o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados (ACS), Rogers Tenório. Ele acrescentou ainda que a associação está pronta para acompanhar a tropa. “Não posso confirmar, mas existe grande possibilidade de parar”, disse Tenório.

Sobre o fato de a mobilização cair justamente próximo ao carnaval, o vice-presidente da ACS disse que tudo não passou de “coincidência”, pois os militares já não querem mais adiar a realização da assembleia-geral. “Para voltar o serviço, o quinquênio e o resíduo faziam parte do acordo, mas isso não foi cumprido, não foi oficializado”, afirmou Rogers Tenório. As inúmeras reuniões com a Secretaria de Gestão Pública (Segesp) não foram suficientes para acalmar os militares, foram de quatro a cinco nos últimos três meses .

“Foram empurrando com a barriga, foi um acordo verbal e a tropa não acredita mais nisso. Só Deus é que sabe o será decidido”, falou Rogers Tenório.

Mais a queixa dos policiais militares não é somente sobre os salários. A desmotivação passa, também, segundo o presidente da Associação Cabos e Soldados, pela escala de serviço e carga horária. Para as entidades, os Pms estariam trabalhando demais e não restaria tempo para o lazer e a qualificação profissional. “Brigamos também pela qualidade do serviço. Um militar está trabalhando quase sessenta horas por semana,o que deveria ser quarenta. Essa é uma luta antiga. A tropa está desmotivada, quase 80% faz bico”, disse Rogers Tenório.

O presidente da Associação dos Oficiais Militares (Assomal), major Wellington Fragoso, disse que devem participar da assembleia policiais militares e bombeiros, da capital e do interior. “Esse resíduo é lei. O governo Lessa concedeu o reajuste e ficou esse resíduo para o Téo pagar, mas até agora nada. Há descontentamento na tropa”.

Em relação a mobilização da categoria, o major Fragoso vê o desaquartelamento como uma das estratégias mais viáveis. “Há uma intenção da tropa de radicalizar, mas não como está acontecendo na Bahia”, declarou Fragoso.

Fonte: Gazetaweb (Regina Carvalho)
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