segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Saiba como são feitos os Whiskys falsos

Açúcar queimado, vodca barata ou pinga e uma pitada do original. Para não perder a clientela, vale até analgésico contra a dor de cabeça. Com maior ou menor sofisticação, essa é a receita básica do uísque que o mercado clandestino criou para abastecer casas noturnas, bares e restaurantes das metrópoles.

Num laboratório equipado para analisar bebidas e remédios apreendidos, peritos da Polícia Federal descobriram as principais formas utilizadas na adulteração dos produtos. Também encontraram substâncias adicionadas à cocaína consumida no país.

Com o uísque é assim: um pouco da bebida legítima fica para deixar o gosto. Vodca, pinga ou até álcool de cozinha, usados em maior quantidade, dão o grau etílico.

O mesmo modus operandi é utilizado em outros tipos de bebida, como o conhaque e o rum. "Mas o maior alvo é o uísque", diz Adriano Maldaner, perito criminal responsável pelo laboratório da PF.

Os testes da PF são realizados em espectrômetro de massas, aparelho que separa cada substância da bebida e descobre a "impressão digital" do produto adulterado.

Não existem estatísticas oficiais sobre apreensões de bebidas falsificadas no Brasil, mas, pela simplicidade da fórmula, os peritos avaliam que sua presença seja disseminada no mercado.

Com medicamentos é um pouco diferente. A falsificação, que necessita ser feita em laboratório minimamente equipado, ocorre principalmente com dois produtos: o Viagra e anabolizantes.

Em ambos os casos, a perícia identificou lotes com as chamadas "pílulas de farinha" ou com as substâncias da fórmula original, mas em proporções alteradas.

Na análise de amostras de cocaína, a PF descobriu que a droga mesmo não passa de 60% da trouxinha vendida nas ruas. O resto é mistura, como açúcar ou gesso em pó.

Os testes mostram que, de tão misturada, até o crack consumido no Brasil é mais puro que a cocaína em pó.

Editoria de Arte/Folhapress


REGRAS ETÍLICAS
 Em instrução publicada nesta semana, o Ministério da Agricultura regulamentou "padrões de identidade e qualidade para bebidas alcoólicas por mistura".

O governo proibiu adição de mel às caipirinhas prontas e definiu que licor à base de ovo não pode ter menos que 140 gramas de gema por litro.

A caipirinha, a "bebida típica do Brasil", tem "graduação alcoólica de 15% a 36% em volume, a 20º Celsius, elaborada com cachaça, limão e açúcar". As regras são importantes para a identificação de produtos falsos.

PADRÃO
Em instrução publicada nesta semana, o Ministério da Agricultura regulamentou "padrões de identidade e qualidade para bebidas alcoólicas por mistura".

O governo federal proibiu adição de mel às caipirinhas prontas e definiu que licor à base de ovo não pode ter menos que 140 gramas de gema por litro.

A caipirinha, a "bebida típica do Brasil", deve ter "graduação alcoólica de 15% a 36% em volume, a 20º Celsius, elaborada com cachaça, limão e açúcar".

Já a "aguardente composta" deve ter graduação alcoólica entre 38% e 54%. Toda bebida precisa, no Brasil, ser elaborada "por meio de processo adequado que assegure a sua apresentação e conservação até o momento do consumo".

Além de garantir a qualidade do produto, essas regras também são importantes para a identificação de produtos falsificados. A PF já encontrou pinga ou vodca adulterada com mistura de água e cachaça da primeira destilação (em geral descartada por ter mais de 70% de grau etílico).

Fonte: Folha
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