quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Homem responde a processo por marcar deficiente mental com ferro para gado no RN


O acusado disse no inquérito policial que foi uma "brincadeira de mau gosto". Na verdade, foi de péssimo gosto. Francisco Valdeílson de Souza Almeida, 25 anos, teria queimado com ferro de marcar gado, no último dia 28 de fevereiro, Francisco de Assis, 39, que tem transtornos mentais. O crime ocorreu em Marcelino Vieira, a 390km de Natal, durante uma bebedeira em um bar situado na frente do Fórum do município. O Ministério Público ofereceu a denúncia em março ao Poder Judiciário. O acusado em liberdade.

Segundo o inquérito policial, após marcar o gado do sítio Água Branca, Valdeílson e amigos foram beber na cidade e levaram o ferro em brasa. Segundo o acusado, "Chico de Zé Vital", como é conhecido Francisco de Assis, começou a brincar dizendo que queria ser queimado. Depois de pedir para encerrar a brincadeira e não ser atendido, Valdeílson colocou o braseiro no braço de Chico. O réu disse que Chico não demonstrou reação e como o ferro estava fora da brasa há muito tempo, ele não imaginou que deixaria marca.

Conforme um policial que acompanhou o caso, a vítima não foi escutada porque sofre de problemas mentais. "Foi uma brincadeira de mau gosto", disse Valdeílson ao delegado. Franscisco ficou com as iniciais do nome do sítio no braço e a população ficou chocada com a agressividade do caso. De acordo com o promotor na época, Sidharta John Batista da Silva, hoje titular em Alexandria, em março foi aberto inquérito civil mostrando que a vítima teria uma deformidade permanente devido à queimadura. "Cheguei a olhar as fotos no inquérito policial. Ele ficou com a marca das iniciais no braço", relatou.

A denúncia foi recebida pelo poder judiciário em abril, entretanto, nenhum audiência foi marcada ainda. A Justiça aguarda laudo do Itep solicitado em dia 10 deste mês, para comprovar se a deformidade é permanente. Depois deverá ser marcada a primeira audiência. A reportagem não conseguiu falar com a vítima. As informações na cidade são de que Francisco e familiares sofrem com transtornos mentais e que ele perambula pela ruas.

Caso Eliete

Em 1995, uma situação parecida ficou conhecida internacionalmente. Casada com o americano Byron Jerry Porter, a costureira natelense Eliete Inácio da Luz Poter sofreu agressões, entre elas, foi queimada com ferro em brasa nas nádegas. Em um primeiro julgamento, o americano foi absolvido. A acusação recorreu e ele foi condenado a 14 anos e 8 meses de prisão por sequestro, cárcere privado e estupro. As últimas informações são de que ele está foragido. 
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