quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Mãe teme pela vida do filho deficiente mental preso em Nova Cruz

"Não sei mais o que fazer, estou deprimida com essa situação", afirma Ana Cristina.
A dona de casa Ana Cristina Freire Silva se diz deprimida com a situação do filho Allisson Daydv Freire da Silva, de 22 anos. O jovem, que é portador de deficiência mental, está preso há cinco meses na Cadeia Publica de Nova Cruz. O local que não tem estrutura adequada para custodiar detentos como Allison representa uma ameaça de morte, de acordo com a mãe.

“Nesse tipo de cadeia os presos não aceitam o comportamento de quem tem problema mental. Então, tenho muito medo de matarem ele ou até mesmo dele se matar”, lamenta. A preocupação de Ana Cristina se justifica com o fato de ele já ter sido vítima de agressão antes de ser transferido para a Cadeia Pública de Nova Cruz.

Allisson foi preso em abril deste ano com cinco pedras de crack. “Meu filho além desse problema mental, infelizmente, é viciado em drogas”, comenta. Após a prisão, o jovem ficou detido no 8º Batalhão da Polícia Militar, também em Nova Cruz.

No entanto, a justiça pediu a transferência dele no dia 19 de julho alegando: “recebimento das informações de que em virtude da não assimilação, por parte dos demais detentos, de sua condição de saúde, o acusado em referência veio supostamente a sofrer agressões, quando de sua prisão no 8ºBPM de Nova Cruz, conforme ofício expedido nos autos do processo 107.08.000716-9, ocasião em que aquela Unidade Militar, providenciou a devida separação do preso dos demais detentos”.

Reprodução: Ricardo Júnior
Dona de casa mostrou documentos que comprovam deficiência mental do filho.

Com isso, Allisson foi levado ao presídio de Nova Cruz. O secretário estadual de Justiça e Cidadania, Leonardo Arruda Câmara, explicou que a direção da unidade separou o jovem dos demais presos, colocando em uma cela isolada. “Foi o que pudemos fazer para melhorar as condições dele”, revela.

Contudo, a mãe do preso luta desde sua prisão para que ele seja levado ao Hospital de Custódia. “O juiz já mandou três ofícios pedindo que ele fosse transferido, mas, a alegação é que não tem vaga. Não sei mais o que fazer, estou desesperada e até deprimida com essa situação do meu filho”.

A dona de casa explica que desde o dia em que foi preso, Allisson está sem tomar a medicação. “O remédio dele é forte e quando toma fica dopado, então, não estou nem levando porque tenho medo dele morrer dentro da cela”.

Vlademir Alexandre
Leonardo Arruda afirma que próxima vaga será destinada à Allisson.

Sobre as vagas no Hospital de Custódia, o secretário Leonardo Arruda confirmou que estão faltando vagas. “A gente não pode trazer porque não tem vaga, não podemos colocar uma superpopulação dentro da unidade, que tem 52 vagas e todas ocupadas. Mas, assim que aparecer uma vaga ele será transferido”.

Leonardo Arruda frisou que mesmo estando em uma cela isolada na Cadeia Pública de Nova Cruz, Allisson Daydv tem sido acompanhado por servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Cruz.

Ana Cristina Freire mostrou a reportagem do portal Nominuto.com vários documentos que comprovam a insanidade mental do filho dela. Mesmo assim, o juiz de Nova Cruz solicitou um novo exame, que está sendo realizado no Instituto Técnico-Científico de Polícia, na manhã desta quinta-feira (12).
Fonte: Nominuto
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