Um bingo que funcionava em uma casa, na avenida Gustavo Guedes, no bairro de Capim Macio, zona Sul de Natal, foi fechado no início da noite desta quinta-feira. Três pessoas, sendo duas funcionárias e um apostador que estavam no local foram conduzidos para a Delegacia. A polícia apreendeu 40 máquinas de vídeo bingo que estavam em pleno funcionamento. Em algumas delas foi possível constatar apostas acumuladas no valor de R$ 27.045,12. Outras o valor acumulado ultrapassava os nove mil reais. Para jogar, o apostador precisava ter em mãos R$ 10, R$ 20 ou R$ 50.
A estrutura montada para o bingo chamou a atenção da polícia. As máquinas estavam todas enfileiradas e eram novas. No telhado da casa foi montado uma guarita. Um segurança ficava durante a noite na guarita observando tudo o que acontecia na rua e as pessoas que entravam no local. Câmeras de filmagem também captavam imagens de quem se aproximava do bingo. O movimento na frente do local era evitado para não chamar a atenção. Os apostadores eram orientados a deixar o veículo nos estacionamentos dos supermercados localizados nas imediações do bingo.
Segundo o delegado César Rodrigues titular da 10ª Delegacia de Polícia do conjunto Pirangi, em julho deste ano, um homem foi até a unidade policial denunciar o bingo. “Ele informou que o filho adolescente estava viciado no jogo e que não sabia mais o que fazer para conter o garoto”.
A partir da denuncia feita ao delegado, os policiais começaram a investigar. Durante vários dias campanas foram realizadas com o intuito de identificar se no local funcionava mesmo o jogo. “Após constatarmos a veracidade dos fatos decidimos o dia em que iriamos agir. E deu certo, porém não encontramos nenhum menor no local”, afirmou César Rodrigues.
Até às 20 horas de ontem as pessoas que estavam no bingo prestavam depoimento na delegacia. O delegado informou que as funcionárias do estabelecimento não haviam dito de quem era o bingo, para quem elas trabalhavam e há quanto tempo funcionava a jogatina no
César Rodrigues disse ainda que o bingo é uma contravenção penal e que jogar pode se tornar um vício. “Todo cuidado é pouco. As máquinas são programadas para que o apostador nunca ganhe. Com isso, na expectativa de ganhar, se perde muito dinheiro”.
O delegado disse ainda que o vício de jogar pode arruinar a vida de um apostador. Perdas de bens materiais nestes casos é comum. “Há casais que se separam por causa do jogo. Todo cuidado é pouco quando o assunto é o vício”.
Todas as máquinas estavam lacradas, somente após serem periciadas pelos funcionários do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) serão abertas para que os policiais possam contabilizar quanto há (de dinheiro) em cada uma delas.
Fonte: Tribuna do Norte
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