quarta-feira, 12 de maio de 2010

Policial Militar de Pau dos Ferros acusado de raptar enteado é preso e tranferido para Mossoró

O soldado da Polícia Militar Emerson Carlos, que tem 30 anos e é lotado no Batalhão de Polícia Militar de Pau dos Ferros, foi transferido ontem para o Batalhão de Mossoró por medida de segurança. Ele foi preso durante o fim de semana por força de um mandado provisório - por apenas 5 dias - sob acusação de ter raptado seu próprio enteado, Jonathan da Silva Dantas, 12 anos, sumido desde 21 de abril passado. Até ontem, o menino ainda não havia sido localizado e a maior preocupação das autoridades é quanto à sua integridade - não se sabe se ele ainda está vivo.

Por se tratar de um caso que a vida da criança ainda está correndo risco, foi determinado pela Justiça de Caraúbas que a investigação seja realizada em sigilo total. O militar foi preso durante o fim de semana, em Pau dos Ferros, por força de um mandado de prisão temporária, que dura apenas cinco dias, podendo ser renovado pela Justiça. Foram expedidos também mandados de busca e apreensão para serem cumpridos na casa do militar, situada em Pau dos Ferros, bem como contra o carro do PM, que foi encontrado com manchas de sangue - pode ser do menino sumido.

Ontem à tarde, o delegado Dimas Genuíno, titular da Delegacia de Caraúbas, onde o crime está sendo investigado. Ele disse que não podia entrar em detalhes sobre a investigação, mas afirmou que hoje, a prioridade da polícia, é salvar a vida do menino. "A gente já conseguiu prender o acusado e agora temos que nos cercar de todos os cuidados para salvar a vida do menino. As investigações estão caminhando para o desfecho desse caso, mas não posso entrar em detalhes sobre isso porque posso estar colocando uma vida em risco", ressaltou.

Segundo informações extra-oficiais obtidas - não confirmada pelo delegado -, as provas colhidas durante a investigação não deixam dúvidas de que o policial militar teria sequestrado o seu próprio enteado. A suposta intenção do PM seria atingir sua ex-companheira ao sequestrar o filho dela. Ele já prestou depoimento à Polícia Civil sobre as acusações, mas o teor de suas declarações não foi informado pelo delegado Dimas Genuíno. Ele disse apenas que, após a oitiva do policial, várias diligências foram realizadas e um novo depoimento deverá ser marcado.

Enquanto o prazo de prisão provisória não expira, o policial militar continua recolhido no Batalhão de Mossoró. Ele estava recolhido em Pau dos Ferros, mas foi transferido para Mossoró por uma questão de segurança - dele e também da investigação. O delegado Dimas disse acreditar que o caso esteja próximo de ser elucidado. Caso isso não aconteça, ele deverá solicitar um novo pedido de prisão (30 dias) para que o militar não atrapalhe a investigação. Nesse período, os exames feitos pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró também devem ser concluídos.

NOVOS RUMOS

A Secretaria Estadual de Justiça (Sejuc) já designou o bacharel Renato Batista, como delegado especial, para apurar o caso. De acordo com outras informações policiais, Emerson teve a prisão temporária prorrogada por mais alguns dias, enquanto as investigações prosseguem. O policial foi visto com o garoto em uma 'lan house' no dia do desaparecimento dele, em Caraúbas.

Para agravar ainda mais a situação, foram encontrados vestígios de sangue dentro do carro e na casa do suspeito, após ele ter sido visto por populares circulando com um garoto na cidade de São Miguel, onde presta serviço no destacamento local. O Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep) deverá divulgar nos próximos dias o laudo com o resultado dos exames realizados no carro e na casa.

Devido à gravidade do fato, a polícia mantém o caso sob sigilo de justiça, prosseguindo com os trabalhos investigativos em segredo. A família do garoto desaparecido foi orientada a não se pronunciar publicamente sobre o assunto, inclusive a mãe dele se ausentou da cidade de Caraúbas.

HISTÓRICO

Jonathan da Silva Dantas desapareceu no dia 21 de abril, quando foi a uma 'lan house', no bairro Sebastião Maltês, em Caraúbas.

Populares informaram que o garoto foi visto no estabelecimento acompanhado de um adulto, com características semelhantes ao do seu padrasto, um policial militar conhecido como Emerson Carlos.

A dona da 'lan house' disse que o menino ao deixar o local teria entrado em um carro, juntamente com o adulto. Daí para cá, quase um mês se passou e a criança não mais foi localizada pela família.

Emerson confessou que esteve com o menino na 'lan house', porém continua negando qualquer envolvimento com o desaparecimento dele.

FONTE: http://www2.uol.com.br/omossoroense/ e http://www.defato.com/
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