sexta-feira, 30 de abril de 2010

Magistrado fala sobre traficante Colombiano custodiado em Mossoró

Imagem meramente ilustrativa

Por Esdras Marchezan
Da Redação do Jornal de Fato.

O Juiz Corregedor do Presídio Federal de Mossoró, Ivan Lira, explicou o que aconteceu quando da chegada do narcotraficante colombiano Nestor Ramon Caro Chaparro, "El Duro", à unidade, na terça-feira passada, que quase provocou o retorno do preso a outra unidade e acrescentou que para o corregedor do presídio nenhum preso é diferente do outro. "Para mim ele é somente o preso nº 84", afirmou se referindo ao colombiano e ao seu número de registro na unidade.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) havia encaminhado ofício ao corregedor solicitando uma vaga no presídio para o colombiano, mas antes da análise do pedido pelo juiz, a Polícia Federal do Rio de Janeiro transferiu o colombiano, um dos quatro maiores narcotraficantes daquele país. Sem a autorização do magistrado, o preso ficou aguardando o desenrolar dos fatos em uma ala de triagem. Depois de contatos entre as autoridades responsáveis, o recebimento do preso foi autorizado.
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Em entrevista ao repórter Cézar Alves, do DE FATO, via twitter, o magistrado explicou que não foi pego de surpresa com a chegada do colombiano em Mossoró e explicou como se dá o processo de autorização do recebimento de um preso no presídio federal. "O embaraço foi da Polícia Federal do RJ, que fez a transferência antes da análise, por mim, do pedido da ministra Ellen Gracie, do STF. Porém, com a rapidez possível, conclui a decisão e admiti o preso Nestor Chaparro no Presídio Federal de Mossoró (PFMOS).
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Para mim ele é apenas o preso nº 84", explicou o magistrado em referência ao narcotraficante por quem os Estados Unidos ofereciam uma recompensa de US$ 5 milhões para quem fornecesse informações sobre seu paradeiro.Ivan Lira ressaltou que a decisão de aceitar ou não um preso no sistema penitenciário federal não deve levar em consideração as particularidades do criminoso, mas o que prevê o decreto 6877, que regulamenta o perfil dos internos dos presídios federais. "Se o perfil do preso se encaixa ao Dec. 6877, tenho o dever de admiti-lo no PFMOS.
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Não importa se boliviano, francês ou cuiteense. Decidir pela 'cara' é despotismo ou fraqueza. Nem sou déspota e nem fraco", ressaltou.O narcotraficante "El Duro" ficará preso na unidade federal até o Supremo Tribunal Federal e o Ministério da Justiça decidirem sobre sua extradição para os Estados Unidos, onde ele é acusado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. 
Fonte: Toxina
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