Ney Rubens
Direto de Belo Horizonte
Policiais civis que compõem a força-tarefa que investiga a morte de cinco mulheres em Belo Horizonte e região metropolitana prenderam, na tarde desta quarta-feira, um suspeito dos crimes.
O homem, que mora no bairro Industrial, em Contagem, mesma região onde as mulheres foram abordadas antes de desaparecer, foi detido próximo à casa da contadora Edna Cordeiro de Oliveira Freitas, 35 anos, uma das vítimas.
Às 18h os delegados Wagner Pinto, chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCCV); Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações (DI); e Frederico Abelha, titular da Delegacia de Homicídios Barreiro ouviam o depoimento do suspeito, que foi detido após ter um mandado de prisão expedido pela Justiça a pedido da polícia.
Um perito do Instituto de Criminalística (IC) esteve no DI e colheu material para confrontar com o resultado dos exames feitos em três vítimas. A Polícia Civil não informou qual material foi colhido, se fios de cabelo ou sangue. O resultado do exame fica pronto em até 30 dias.
Enquanto não houver a confirmação da suspeita, a corporação informou que não irá se pronunciar oficialmente sobre a prisão.
Serial killer
Além do exame de material genético ter comprovado ser do mesmo homem o sêmen encontrado nos corpos de três vítimas, a polícia acredita lidar com um matador em série devido à coincidência dos crimes.
De acordo com as investigações, a forma que o criminoso matou as três mulheres é parecida: elas foram estranguladas com algum objeto que estava na cena do crime. Para matar a comerciante Ana Carolina Assunção, 27 anos, o suspeito utilizou o cadarço do calçado que ela usava.
A empresária Maria Helena Lopes Aguilar, 48 anos, foi morta com o cinto de segurança do carro dela. Já a contadora Edna Cordeiro foi estrangulada com um cabide que ela levava no carro para pendurar um casaco. Todas sofreram violência sexual e tiveram apenas os telefones celulares roubados.
Além das três vítimas que foram comprovadamente mortas pelo mesmo homem, a polícia investiga se outras duas mulheres também foram alvos do suspeito.
A comerciante Ádina Feitor Porto, 34 anos, foi encontrada morta em uma mata de Sarzedo, na região metropolitana de Belo Horizonte. O carro dela foi localizado abandonado na mata das Abóboras, em Contagem.
Já a estudante de Direito Natália Cristina de Almeida de Paiva, 27 anos, sumiu em outubro de 2009. O carro que ela dirigia foi encontrado com marcas de batida no Barreiro, próximo ao bairro Industrial e a ossada localizada na mata do bairro Belvedere 2, em Ribeirão das Neves.
Por uma falha de comunicação entre o IML e a Delegacia de Neves, Natália foi enterrada como indigente e só identificada após a exumação dos restos mortais, quatro meses depois da localização da ossada.
As duas famílias, de Ádina e Natália, foram informadas pela polícia de que elas podem ter sido também vítimas do suspeito devido às características do sumiço e da forma como ele age.
Todas as vítimas são mulheres maduras, independentes financeiramente e foram abordadas quando voltavam para casa de carro próprio. Elas ainda têm feições parecidas (morenas claras, cabelos negros abaixo do ombro) e carreira profissional definida: três comerciantes, uma contadora e uma estudante de direito.
Fonte: Terra
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